A hidrografia brasileira
ocupa um lugar de destaque, que é proveniente da quantidade e variedade hídrica
presente no país. Com 55.467 km² o país ocupa o primeiro lugar em rede hidrográfica,
isso devido à sua extensão.
A riqueza hídrica nacional favorece a presença de
rios de grande profundidade, além de rios largos e extensos, em decorrência do
tipo de relevo predominante no país forma rios de planaltos.
As principais características
da hidrografia brasileira são:
·
Ocorrência de grande parte dos rios do tipo
caudalosos, isso significa cursos com elevado volume de água e que não secam
(perene), característica derivada do clima úmido. Somente no sertão nordestino ocorre,
em determinadas localidades, rios temporários.
·
Domínio principal de foz do tipo estuário e
alguns rios com foz do tipo delta.
·
Os regimes dos rios brasileiros são de predominância
do tipo pluvial, isso que dizer que os períodos de cheias a vazantes são determinadas
pela ocorrência de chuvas e secas, influencia direta do clima da hidrografia.
·
Modesta quantidade de lagos.
·
Superioridades de rios que deságuam no mar,
nascem no interior do país e percorrem em direção ao oceano, chamado de
drenagem do tipo exorréica.
·
Grandes partes dos rios correm sobre
planaltos e depressões, esse são os tipos de relevo que mais se destacam no
Brasil, favorecendo a instalação de usinas hidrelétricas.
Mapa 1:
Todas as bacias hidrográficas existentes no território brasileiro.
Principais bacias hidrográficas brasileiras
Bacia Amazônica
A bacia amazônica com 7.050.000 km, sendo que 3.904.392,8 km estão em
terras brasileiras. Seu rio principal (Amazonas) nasce no Peru com o nome de
Vilcanota.
Quando entra no Brasil, passa-se a chamar Solimões e, após o encontro
com o Rio Negro, perto de Manaus, recebe o nome de Rio Amazonas. O
Rio Amazonas percorre 6.280 km, sendo o segundo maior do planeta em extensão
(após o Rio Nilo, no Egito, com 6.670 km) é o maior do mundo em vazão de água.
Sua largura média é de 5 quilômetros e possui 7 mil afluentes, além de diversos
cursos de água menores e canais fluviais criados pelos processos de cheia e
vazante.
A Bacia Amazônica está localizada em uma região de planície e tem cerca
de 23 mil km de rios navegáveis, que possibilitam o desenvolvimento do
transporte hidroviário. A navegação é importante nos grandes afluentes do Rio
Amazonas, como o Madeira, o Xingú, o Tapajós, o Negro, o Trombetas e o Jari. A
Hidrovia do Rio Madeira, que opera de Porto Velho até Itacoatiara, no Amazonas.
Possui 1.056 km de extensão e por lá é feito o escoamento da maior parte da
produção de grãos e minérios da região.
Mapa 2:Bacia Amazônica está localizada na região norte brasileira, ela é
maior bacia hidrográfica do mundo.
Bacia do São Francisco
Possui uma área de 645.067,2 km de extensão e o seu principal rio é o
São Francisco, com 3.160 km de extensão. É o maior rio totalmente brasileiro e
percorre cinco estados (Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe).
É fundamental na economia da região que percorre, pois permite a
atividade agrícola em suas margens e oferecem condições para a irrigação
artificial de áreas mais distantes, muitas delas semiáridas. Os principais
afluentes perenes são os rios Carinhanha, Pardo, Grande e das Velhas. O
potencial hidrelétrico da bacia de São Francisco é aproveitado principalmente pelas grandes usinas de Xingó e Paulo Afonso.
Mapa 3:Mapa da bacia São Francisco a qual possui grande população
ribeirinha.
Bacia do Tocantins – Araguaia
É a maior bacia localizada inteiramente em território brasileiro, com
813.674,1 km. Seus principais rios são o Tocantins e o Araguaia. O rio
Tocantins, com 2.640 km de extensão, nasce em Goiás e desemboca na foz do
Amazonas. Possui 2.200 km navegáveis entre as cidades de Peixe-GO e Belém-PA e
parte de seu potencial hidrelétrico é aproveitado pela usina de Tucuruí, no
Pará a 2º maior do país e uma das cinco maiores do mundo
.
O Rio Araguaia nasce em Mato Grosso, na fronteira com Goiás e une-se ao
Tocantins no extremo norte do estado de Tocantins. A construção da Hidrovia
Araguaia-Tocantins, tem sido questionada pelas ONGs em razão dos impactos
ambientais que ela pode provocar, cortando de dez áreas de preservação
ambiental e trinta e cinco áreas indígenas, afetando uma população de 10 mil
índios
Mapa 4:A bacia do Tocantins-Araguaia é estimada em 12.000 m³/s, sendo
a contribuição dos rios Araguaia e Tocantins.
Bacia do Atlântico Sul
É composta de várias pequenas e médias bacias costeiras, formadas por
rios que desaguam no Oceano Atlântico.
Bacia do
Atlântico Sul - trechos sudeste e sul
A bacia do Atlântico Sul, nos seus trechos sudeste e sul, é composta por
rios da importância do Jacuí, Itajaí e Ribeira do Iguape, entre outros. Os
mesmos possuem importância regional, pela participação em atividades como
transporte hidroviário, abastecimento d'água e geração de energia elétrica.
Mapa 5:Bacia do Atlântico Sul - trechos sudeste e sul Os
rios que compõem esse trecho são fonte para a geração de energia, são
utilizados como vias de transporte hidroviário e/ou são fonte para o
abastecimento d'água.
Bacia do
Atlântico Sul - trechos norte e nordeste
Vários rios de grande porte e significado regional podem ser citados
como componentes dessa bacia, a saber: rio Acaraú, Jaguaribe, Piranhas,
Potengi, Capibaribe, Una, Pajeú, Turiaçu, Pindaré, Grajaú, Itapecuru, Mearim e
Parnaíba. Em especial, o rio Parnaíba é o formador da fronteira dos estados do
Piauí e Maranhão, por seus 970 km de extensão, desde suas nascentes na serra da
Tabatinga até o oceano Atlântico, além de representar uma importante hidrovia
para o transporte dos produtos agrícolas da região.
Mapa 6: Bacia do Atlântico
Sul - trechos norte e nordeste tem grande importância como hidrovia,
pela qual é transportada a produção agrícola regional.
Bacia do
Atlântico Sul - trecho leste
A bacia do Atlântico Sul no seu trecho leste possui diversos cursos
d'água de grande porte e importância regional. Podem ser citados, entre outros,
o rio Pardo, Jequitinhonha, Paraíba do Sul, Vaza-Barris, Itapicuru, das Contas
e Paraguaçu.
Mapa 7: Bacia do Atlântico Sul -trecho leste são encontradas importantes cidades
ribeirinhas, com grandes industrias,
como a Companhia Siderúrgica Nacional.
Bacia do Paraná
Seu principal rio é o Paraná que possui cerca de 4.900 km de
extensão, sendo o segundo em comprimento da América do Sul. É formado pela
junção dos rios Grande e Paranaíba. Possui como principais tributários os rios
Paraguai, Tietê, Paranapanema e Iguaçu.
Possui o maior potencial hidrelétrico instalado no Brasil, merecendo
destaque grande usinas, como a de Itaipu, Jupiá e Ilha Solteira, no rio Paraná;
Ibitinga, Barra Bonita e Bariri no rio Tiête; Cachoeira Dourada, Itumbiara e
São Simão, no rio Parnaíba;Furnas, Jaguará e Marimbondo, no rio Grande; e ainda
Jurumirim, Xavantes e Capivara, no Paranapanema. Seus rios são tipicamente de
planalto, o que dificulta muito a navegação, que se tornará mais fácil com a
utilização das eclusas construídas com a instalação das usinas hidrelétricas.
Mapa 8: Bacia do Paraná cujo
seu potencial elétrico é muito elevado tem como seus principais rios Tietê,
Paranapanema e Iguaçu.
FONTES: